Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
Êxodo 20:12.



O primeiro mandamento é reescrito: amem seus pais. Durante trinta anos, o mais notável homem esteve anônimo de quase todos. Um desconhecido marceneiro, que antes de se lançar à maior de todas as obras, entre outras coisas, trabalhou. Aprendeu o ofício de seu pai, José. E muito provavelmente dedicou o trabalho a sua mãe, Maria, sobretudo após ela ter ficado viúva. Ele sabia: teria de ir. No momento final, Ele, o Filho, bebendo o cálice mortal na cruz, pediu a João que cuidasse de sua mãe (João 19:26-27). Jesus amou seus pais terrenos, entregou-se à vontade de Seu Pai divino.

A Bíblia enfatiza o amor aos pais, com palavras e exemplos, mas também prediz tempos difíceis, nos quais “os homens serão... desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados...” (II Timóteo 3) e a lista prossegue num retrato que certamente pouco tinha a ver com a relação entre pais e filhos de ao menos uma ou duas gerações atrás, ainda que questionemos os padrões de relacionamento existentes na época. Contudo, é inegável que o retrato dessas relações assumiu formas preocupantes. Assistimos às palavras de Timóteo se cumprindo.

É preciso considerar também que a transformação da relação dos pais com o mundo está relacionada com as mudanças ocorridas em seus filhos. O trabalho quase ininterrupto de pais e mães bastante atarefados, por vezes em busca da sobrevivência ou simplesmente determinados a conquistar luxos adicionais; mães que trabalham e não contam com creche na empresa ou a opção de turnos diferenciados; lares em que apenas um dos cônjuges está presente; a transferência da educação das crianças para a televisão, escola, parentes ou amigos; os desentendimentos entre marido e mulher. Estas são algumas das situações que atingem as crianças emocional, moral e espiritualmente.

A honra dos filhos para com os pais implica também em uma contrapartida – pais que honrem seus filhos. Paulo diz “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” e finaliza: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Ainda assim os possíveis erros dos pais não justificam as más ações dos filhos. Temos um Pai celeste que acolhe e ensina: amai todas as pessoas, mesmo diante das falhas – tarefa que inclui o perdão, que só Deus pode ajudá-lo a dar. Uma forma necessária de manifestar esse amor é oferecer total apoio emocional e financeiro aos pais idosos, independente do passado. “Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Provérbios 23: 22).


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