Jesus.

Nome que tem vida – a vida mais desejada: eterna e inteira. Amor completo, algo que se espera das pessoas, de um relacionamento, do olhar de outros. Mas nEle, no homem-Deus, é onde reside o amor. Deixou o Céu e abraçou sua noiva – a igreja, os seres humanos, a nação de todos nós, tão só e perdida. Ovelhas desgarradas.

E foi assim que aconteceu o maior casamento de todos os tempos, na mais linda história já contada. Com a palavra, Ele nos criou. Mas preferimos a distância. Então, Ele prometeu voltar. A palavra-promessa se cumpriu. O Verbo se fez carne. Jesus abriu os braços e selou o perfeito amor, na cruz. E foi aí que a Palavra se revestiu de seu mais profundo sentido: entrega total.

Amor.










Não terás outros deuses diante de mim.
Êxodo 20:3.


No princípio, Deus nos criou. E então pecamos. O plano de “religar” os seres humanos ao seu Criador aconteceu. A palavra religião significa “religar”, cuja expressão máxima é o Filho, Jesus. A cruz tem sua dimensão horizontal, onde os braços estendidos de Cristo convidam sempre – “Eu os religo ao Pai”. E sua verticalidade infinita aponta para o alto – Deus nos alcançou. No passado Deus se mostrava face a face, mas de que maneira colocá-Lo em primeiro lugar se não mais O vemos?

Jim Graham, um garoto inglês de 11 anos, morava na China, quando estourou a Segunda Guerra Mundial. Jim foi separado dos pais e levado a um campo de concentração japonês. Afastado tragicamente da vida repleta de privilégios, o garoto teve que enfrentar as agruras da guerra. Corajoso, fez de tudo para sobreviver. Tinha em mente reencontrar a família. Após algum tempo envolto nas dificuldades, em completa desolação, o garoto confessou: "Já não me lembro da face de meus pais". A comovente história é contada no filme Império do Sol (1987), baseado no livro de J. G. Ballard.

Vivemos no império do sol, em tempo de guerra, desde que nos separamos do Pai – imagens descritas nos primeiros capítulos do livro de Gênesis. Como criança desorientada, a humanidade perdeu a visão de Deus, sua paternidade divina. Por isso, desmancha-se em um viver sem sentido, marcado pela dor. Para não esquecer da imagem do Criador, reconheça e aceite o plano de salvação.

O mundo ofusca o olhar. Filosofias humanas, teorias céticas, materialismo, busca por riquezas. Esses são apenas alguns artifícios para desviá-lo da Palavra. Há uma porção deles, tornando a Terra um campo minado. Para resistir, estude a Bíblia, conheça as estratégias inimigas, obtenha a armadura celeste e lembre-se, acima de tudo, a força para vencer vem do Pai.

Há luz em meio ao ocultamento. Ao contrário dos pais de Jim, o Pai celestial jamais nos abandonou. A expressão máxima do cuidado divino é Jesus, que desceu ao mundo para salvar Seus filhos – a maior história de amor de todos os tempos, descrita na Bíblia. Mas a salvação depende também de cada um de nós. Aceite o resgate oferecido por Jesus, a Palavra viva. "Ele é como escudo para os que procuram a Sua proteção" (Salmo 18:30).

Abra os olhos. O Pai voltará. Ele está próximo. O tempo de angústia dará lugar ao tempo de paz. Mas agora a guerra está intensa, os bombardeios são cada vez mais fortes, a ponto de o mundo negar a face de quem o criou. Portanto, anuncie o chamado divino, proclamando-o em voz forte: "Temam a Deus e louvem a Sua glória, pois já chegou a hora de Deus julgar a humanidade. Adorem aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas!" (Apoc. 14:7). Adorem todos o Criador!

E-mail: dezmandamentos.10@gmail.com









Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes dará culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.Êxodo 20:3.


A religião é uma grande rede da interconexão humana e divina. No passado bíblico, muitos eram tentados a substituir a ligação com os céus pelas representações humanas. Meras figuras – animais, deuses mitológicos, em barro, pedra e ouro –, no lugar de Deus. Redes humanas, e não mais religação divina. As figuras de ontem converteram-se nas imagens de hoje – televisivas, digitais, em redes que desafiam o espaço e o tempo: a Mídia.

Não darás culto, nem devoção às imagens. Mas elas estão por toda a parte, basta conectar-se à rede, ou transitar por canais televisivos. Basta observar o fervor com que se busca divulgar e conhecer a vida de personalidades – suas ações mobilizam multidões. A mídia é o que melhor se aproxima dos antigos sistemas de adoração, que envolviam não apenas imagens, mas rituais, a palavra-pagã. Mídia – idolatria eletrônica.

Os meios de comunicação se tornaram um espaço de culto – ao corpo, às próprias pessoas endeusadas, aos poderes – onde o erotismo, o sexo, a violência, o descaso com a religião predominam. Imagens-conceitos que anestesiam crentes e descrentes, tornando-os presas de questões menores. A rede arrasta, a ponto de a crítica à mídia, como sistema de idolatria moderna, ser pautada pela própria mídia – símbolo da incoerência máxima: combate-se as imagens com as próprias imagens. Distanciando-nos da única conexão que nos pode salvar – Deus.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8). A conexão com Deus é a única segurança para conectar-se à mídia – também fonte de evangelização e de oportunidades de comunhão. Pois a idolatria, nas suas mais numerosas formas, pode ser o bem concedido por Deus, que colocamos no lugar que só Ele deve ocupar.

E-mail: dezmandamentos.10@gmail.com









Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Êxodo 20: 7.


Aparentemente a santidade; no íntimo, afastamento de Cristo. Ele, Jesus, não habita ali, mas é mencionado. Invocado publicamente. Marcado nas palavras, mas desprezados nas ações. Para que o nome de Deus não seja falado em vão é preciso se comprometer com Ele . “Se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos” (João 14: 15). O amor precisa de ação, e agir inclui aceitar o mais importante desafio: busque diligentemente a verdade. E o que é a verdade?

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (João 14:6). Aceitar a Jesus é trilhar o caminho que Ele seguiu, buscar a verdade e amar de tal modo a vida a ponto de se entregar pelo próximo. Na história do Bom Samaritano, Jesus contou sobre um homem caído na estrada, após sofrer um assalto violento (Lucas 10:25-37). Um sacerdote passou pela estrada. Não parou. Um levita, que aparentava ser muito bom, religioso, também seguiu em frente, sem oferecer ajuda.

Na seqüência, um samaritano, alguém pouco admirado na sociedade da época, viu o homem caído, limpou seus ferimentos e levou-o até uma pensão. Pagou toda sua estada, até vê-lo inteiramente recuperado. Não foi apenas uma ajuda rápida, foi dedicação total. Os religiosos negaram ajuda. Diziam seguir a Deus, mas na prática não pertenciam a Ele. A fé era vã.

Jesus também contou a história do jovem rico (Mateus 19:16-22). “Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna?”, perguntou o jovem. Jesus respondeu, mostrando a importância da Lei: “Guarde os mandamentos.” Mas já faço isso, disse o jovem. “Vá, vende tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres”, prosseguiu Cristo, completando: “Depois venha e me siga.” O moço saiu triste, pois tinha muitas riquezas. Ele guardava os mandamentos, procurou Jesus, mas sua fé era vã. Faltava o amor.

Amar a Deus e amar o próximo. No primeiro ato de amar, o resumo dos quatro primeiros mandamentos. No segundo, o resumo dos seis últimos. Os Dez Mandamentos – única lei bíblica escrita pelo próprio Deus e apresentada por Moisés – é a verdade. E a verdade só existe em Cristo – expressão máxima do amor divino.

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com










Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou. Êxodo 20:10.



Houve uma grande festa, mas os convidados não foram. O rei então estendeu o convite a outros. Na cerimônia, viu alguém sem as vestes nupciais e deu ordens para que o retirassem imediatamente (Mateus 22:1-14). A festa simboliza a grande reunião entre as pessoas que serão salvas – a igreja – e Cristo, o noivo. Os primeiros convidados não reconheceram o valor do convite. “Veio para o que era seu, e os seus não o reconheceram” (João 1:11). Mas Jesus estendeu a salvação para todos: “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1:12). No entanto, quem aceita o convite tem de se revestir de Cristo – das vestes da justiça. Andar como Ele andou. Como Jesus agiu?

Jesus revolucionou todos os padrões. A Lei dizia que era pecado adulterar. Ele protegeu uma mulher adúltera, oferecendo o perdão. Condenou o comércio na igreja. Recebeu coletores de impostos, gentios, mulheres e crianças. Agiu com o amor. Fez uma releitura da Lei. Com o sábado não foi diferente. Religiosos haviam tornado muito pesada a guarda desse dia, impondo inúmeras regras. Mas Jesus curou no sábado, alimentou seus discípulos no sábado, trabalhou fazendo o bem, nunca em proveito próprio. Por isso, Ele afirmou: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (João 5:17). O trabalho de Deus é salvar. Jesus foi condenado, mas respondeu: Eu sou “o senhor do sábado” (Mateus 12:8).

Cristo ensinou uma nova mensagem revolucionária diante da mentalidade da época, onde líderes religiosos eram extremistas e agiam sem amor. E por isso foi acusado de negar os ensinamentos dos profetas e quebrar a Lei – a Lei do Antigo Testamento, os Dez Mandamentos. Isso significa que os Dez Mandamentos foram abolidos? Vamos deixar Jesus responder: “Não pensei que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mateus 5:17).

Mas Cristo não deu um novo mandamento, o do amor? “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Mateus 22:37) e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39), disse Jesus. O amor está acima de todas as coisas. E o amor é Cristo, a Sua Graça. A salvação vem por intermédio dEle. O amor então substitui a Lei? Para responder a essa pergunta é preciso refletir sobre o que Jesus falou sobre o amor, o seu significado.

Um casal que apenas diz que ama, mas não cuida, trai, promete e não cumpre; ama mesmo? Em Mateus 22:37, Jesus explica o que significa amar a Deus. Está escrito: amarás... com o coração, a alma, o entendimento e a força (Marcos 12:30). O amor inclui também entender a vontade de Deus e praticá-la, com dedicação. Não é apenas um sentimento. Além disso, se Jesus estivesse abolindo os Dez Mandamentos, não teria falado o último verso desse diálogo: “Destes dois mandamentos [do amor a Deus e ao próximo] dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:40). Ele não disse: estes dois mandamentos anulam toda a Lei..., mas falou “destes dois mandamentos dependem toda a Lei”. A Lei do Antigo Testamento não foi anulada, mas colocada em conexão direta com o amor –
Jesus.

Jesus disse que na Festa, do grande dia de Sua volta, não poderíamos entrar de qualquer jeito. A compreensão sobre o significado do amor, da Lei e da Bíblia como um todo é condição essencial para o nosso encontro com o Noivo. O sábado surgiu antes dos Dez Mandamentos, foi dado no Éden, após Deus ter terminado a Criação (Gênesis 2:2-3). Foi o dia escolhido por Deus para celebrar a vida – a criação e a redenção. É o dia no qual comemoramos o maior casamento de todos os tempos, por isso o sábado é amor.

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com










Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
Êxodo 20:12.



O primeiro mandamento é reescrito: amem seus pais. Durante trinta anos, o mais notável homem esteve anônimo de quase todos. Um desconhecido marceneiro, que antes de se lançar à maior de todas as obras, entre outras coisas, trabalhou. Aprendeu o ofício de seu pai, José. E muito provavelmente dedicou o trabalho a sua mãe, Maria, sobretudo após ela ter ficado viúva. Ele sabia: teria de ir. No momento final, Ele, o Filho, bebendo o cálice mortal na cruz, pediu a João que cuidasse de sua mãe (João 19:26-27). Jesus amou seus pais terrenos, entregou-se à vontade de Seu Pai divino.

A Bíblia enfatiza o amor aos pais, com palavras e exemplos, mas também prediz tempos difíceis, nos quais “os homens serão... desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados...” (II Timóteo 3) e a lista prossegue num retrato que certamente pouco tinha a ver com a relação entre pais e filhos de ao menos uma ou duas gerações atrás, ainda que questionemos os padrões de relacionamento existentes na época. Contudo, é inegável que o retrato dessas relações assumiu formas preocupantes. Assistimos às palavras de Timóteo se cumprindo.

É preciso considerar também que a transformação da relação dos pais com o mundo está relacionada com as mudanças ocorridas em seus filhos. O trabalho quase ininterrupto de pais e mães bastante atarefados, por vezes em busca da sobrevivência ou simplesmente determinados a conquistar luxos adicionais; mães que trabalham e não contam com creche na empresa ou a opção de turnos diferenciados; lares em que apenas um dos cônjuges está presente; a transferência da educação das crianças para a televisão, escola, parentes ou amigos; os desentendimentos entre marido e mulher. Estas são algumas das situações que atingem as crianças emocional, moral e espiritualmente.

A honra dos filhos para com os pais implica também em uma contrapartida – pais que honrem seus filhos. Paulo diz “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” e finaliza: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). Ainda assim os possíveis erros dos pais não justificam as más ações dos filhos. Temos um Pai celeste que acolhe e ensina: amai todas as pessoas, mesmo diante das falhas – tarefa que inclui o perdão, que só Deus pode ajudá-lo a dar. Uma forma necessária de manifestar esse amor é oferecer total apoio emocional e financeiro aos pais idosos, independente do passado. “Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Provérbios 23: 22).


E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com









Não matarás. Êxodo 20:13.

A morte revela a mais perversa face do mal – reportagem da revista Veja, diante da escalada da violência (O Mal – uma investigação filosófica, psicológica, religiosa e histórica sobre as origens da perversidade humana. Veja. 9 de abril de 2008). Mas qual é a responsabilidade da própria mídia no que se refere à banalização da vida? Qual o valor que você dá à vida?

Na mídia, a morte é transformada em ficção. A violência – buscas explosivas, invasões, infidelidade – encontra a família sentada frente à Tv. Ninguém reclama, é um filme. Adultos e crianças, religiosos ou descrentes, diante de filmes de suspense e ação. Nosso entretenimento, a diversão entre família, por vezes, é a celebração da morte – conspirações, mortes instantâneas e aos milhares. As imagens do mal não arrombam portas, são convidadas a entrar. E entram. Passam das locadoras à tela televisiva, aos olhos atentos de crianças, jovens e seus pais. Entram. Entre pipocas e sorrisos, as cenas de sangue alcançam a mente e já não causam horror. Divertem. Instauram a insensibilidade pública – caminho aberto para mais violência.

Se não parece real, se é um filme, o mal pode ser visto? Quais as conseqüências que as cenas de violências diversas nos trazem? O sagrado é a vida, e ela é reduzida à insignificância em filmes, games, telejornais, mídia impressa, internet e clipes musicais. Imersos nas cenas diárias, há um risco maior – perdermos a capacidade de celebrar a vida. Achamos normal aquilo que fere. Aceitamos, sem reflexão, imagens e relatos mortais, apenas para nos entreter.

Desde 1960, países da Europa, América do Norte e Ásia, realizam pesquisas sobre a violência na mídia e seus efeitos. Só nos EUA foram feitos mais de mil estudos. As conclusões têm um ponto em comum: a violência midiática representa uma ameaça a vários aspectos da vida. Mas o que essa constatação tem a ver com a ordem bíblica “não matarás”?

Em 2002, foi publicado na revista Science os resultados de uma pesquisa sobre adolescentes e adultos jovens expostos diariamente às cenas de violência na TV. Durante 30 anos, 707 famílias foram acompanhadas. Os pesquisadores concluíram: quanto maior o número de horas diárias dedicadas a assistir à Tv, mais freqüente a prática de crimes violentos, independente da idade. “Entre adolescentes e adultos jovens expostos à TV por mais de três horas por dia, a probabilidade de praticar atos violentos contra terceiros aumentou cinco vezes em relação aos que assistiam durante menos de uma hora”, revela o médico Dráuzio Varella.

A morte está, como nunca antes, presente. Sob nosso consentimento. A ficção não apenas apresenta cenas de morte, mas comprovadamente induz, crianças ou adultos, à violência. Talvez não seja possível controlar o número de policiais nas ruas, mas temos o dever de guardar a própria mente. Quem dá valor a vida, não se diverte com a violência.

A Bíblia lança a pergunta: quem habitará no céu? A resposta nos chama à responsabilidade diante da mídia e suas violências: "...o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará nas alturas...Os teus olhos verão o rei na sua formosura" (Isaías 33:15). Para ver Jesus é preciso deixar de lado as imagens que ferem.

Leia mais sobre a relação entre mídia e violência:

1. Violência na TV e comportamento agressivo.

Autor: Dráuzio Varella. http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/violencia.asp
2. Videogame e TV... Socorro! Autora: Lidia Weber.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/coluna_livre/id180201.htm
3. A violência na mídia como tema da área da saúde pública: revisão da literatura.
http://br.monografias.com/trabalhos2/violencia-midia-tema/violencia-midia-tema.shtml
4. A violência urbana e o papel da mídia na concepção de professoras do ensino fundamental. Autoras: Marilena Ristum e Ana Cecília de Sousa Bastos.
http://sites.ffclrp.usp.br/paideia/artigos/26/06.htm

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com










Não cometa adultério.
Êxodo 20:14.


Robert Daniels na adolescência se envolveu com a pornografia. No início, parecia normal. Com o tempo, percebeu as marcas do vício solitário. Durante vinte anos foi um prisioneiro de um mundo repleto de sexo. Até que tomou a decisão de alcançar a pureza sexual. Iniciou, então, uma das maiores batalhas travada em sua vida. A “pornografia é como cair num poço de piche. Ela nos mancha, encurrala e absorve cada vez mais”, afirma Daniels (Pureza Sexual, CPAD, 2000). Esse vício atrapalha gravemente seu trabalho, seus relacionamentos, sua vida.

Jesus disse: “quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração” (Mateus 5:27). Hoje, não há limites para o olhar. Entre quatro paredes, alguém pode marcar um encontro com o mundo, através da Internet. Sites informativos estampam fotos proibidas. Até sites cristãos que tentam alertar para o perigo da pornografia, contraditoriamente, incorrem no mesmo erro: comentam com detalhes comportamentos imorais e mostram fotos de sensualidade.

Mas Jesus alerta: não olhem! Se você olhou, pare. “Dediquem-se completamente a mim e sejam santos, pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês. Obedeçam às minhas leis” (Levítico 20:7). Daniels não lutou sozinho. Buscou a Deus, e venceu. E sabe que precisa vencer a cada novo dia. Como conseguiu? Lendo a Bíblia, memorizando versos, orando para compreender suas emoções e motivações, refletindo, compartilhando seus desafios com pessoas confiáveis, lendo livros.

Tão desafiante quanto o alcoolismo e drogas, o vício em pornografia pode exigir o auxílio profissional, de um psicólogo ou terapeuta. Por isso, não basta apenas “transferir” o problema, a atitude certa é lidar com ele, buscando ajuda especializada e acima de tudo o amor celestial. Do contrário, o problema atingirá outros campos da vida, paralisando-a. “Quem tenta esconder os seus pecados não terá sucesso na vida, mas Deus tem misericórdia de quem confessa os seus pecados e os abandona” (Provérbios 28:13). Apegue-se à promessa: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Com Jesus, você é um vencedor.


Além dos desafios que a Internet apresenta, o adultério está ligado a outras formas de transgressões, como relações sexuais antes do casamento e a quebra dos vínculos matrimoniais. Deus realizou o primeiro casamento. Adão e Eva foram presenteados pelo dom da sexualidade, que envolve o relacionamento, o amor e também o sexo. A Bíblia diz que o sexo une a mulher e o homem em uma só carne, numa intensa expressão de amor. A união entre o homem e a mulher simboliza a união entre Deus e nós, sua igreja. O adultério, virtual ou real, não apenas separa as pessoas, como as afasta de Deus.

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com










Não roube.
Êxodo 20:15




Diante da ordem bíblica, imediatamente muitos pensam em coisas materiais ou dinheiro. A palavra “roubar” significa: não tomar, à força ou às escondidas, aquilo que pertence a outra pessoa. Loron Wade, em seu livro Os Dez Mandamentos, oferece uma lista de alguns tipos mais comuns de furto, dos quais destaco alguns: plágio, cópia ilegal, relaxamento no emprego, superfaturamento, pagamento insuficiente.

Wade também cita algumas atitudes extremamente graves que têm a ver com o roubo da vida, das emoções, de uma pessoa. Por exemplo: (1) pais que roubam a felicidade dos filhos, porque são viciados em trabalho ou na prática de violência verbal, física ou sexual. (2) Cônjuges que roubam a felicidade um do outro, cometendo adultério, abandono do lar, privando a esposa ou o marido do apoio econômico, educação dos filhos, satisfação física e emocional. (3) Calúnias que roubam a felicidade, pois a difamação priva as pessoas de sua reputação (bom nome) e do amor, respeito e estima que todos têm direito.

No oitavo mandamento há dois princípios importantes destacados por Wade: valorização do trabalho e agir generosamente. Trabalhar é essencial para a felicidade. Ajudar, com amor, também. “Trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4: 28).

Jesus, ao doar a Sua vida, deu a você a oportunidade da salvação – trabalho abnegado e generosidade divina. Mas Ele adverte: o mundo está cheio de ladrões. Ladrões de alma. “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir”, diz Jesus em João 10:10, completando: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Que contraste! Em tempos de muitos perigos, violências sociais e espirituais, pregações falsas e interpretações errôneas da Bíblia, só há uma segurança: estar junto do Bom Pastor. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida para as ovelhas” (João 10:11).

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com








Não dê testemunho falso contra ninguém. Êxodo 20:16.



Larry Hicks, um garoto negro, foi condenado à morte em 1978, nos EUA. Dois anos depois, anularam a sentença, pois descobriram que estava fundamentada em um depoimento falso. A mentira é capaz de acabar com a vida das pessoas. As palavras têm poder! A maioria de nós não ajudará a condenar alguém num tribunal. Mas nas nossas relações cotidianas, somos diariamente levados a criticar as pessoas, a sentir mágoa e ressentimento. Como agir?

“Tenham cuidado! Se o seu irmão pecar, repreenda-o; se ele se arrepender, perdoe” (Lucas 17:3). Mas como deve ser a “repreensão”? Devemos “desmascarar” as pessoas diante de todos? “Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois” (Mateus 18:15). A Bíblia condena a popular “fofoca” e aposta no diálogo, na conversa, sem intermediários. Tudo com muito respeito e amor. Uma conversa franca ajuda também a reavaliar nossas próprias concepções.

Outra forma de dar um “testemunho falso” é silenciar sobre a verdade. É o popular “lavo minhas mãos”. Devemos interferir nas injustiças. Aquele que não se posiciona, consente. Jesus foi condenado à morte injustamente. Muitos deram testemunho falso contra Ele no tribunal romano. Mas muitos outros assistiram à cena sem dizer uma única palavra. O testemunho mais importante continua sendo: para você, quem é Jesus Cristo?

O filósofo Sören Kierkegaard disse: "Não obstante, essa mensagem que é o Cristianismo não pode significar para nós senão o dever imperioso de concluir a respeito de Cristo. Sua existência, a verdade de sua realidade presente e passada, impera sobre toda a nossa vida. Se o sabes, cometes o escândalo decidindo que a este respeito não terás opinião... Quando Deus se encarna e se faz homem, não é duma fantasia que se trata, duma invenção para se evadir... Não, esse ato de Deus, esse fato, é a seriedade da vida. E por sua vez, a seriedade dessa seriedade, é o dever imperioso que todos têm de ter uma opinião a esse respeito."

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com










Não cobice a casa de outro homem. Não cobice a sua mulher, os seus escravos, o seu gado, os seus jumentos ou qualquer outra coisa que seja dele.
Êxodo 20:17.



Em relação a qualquer outro código moral da época, os Dez Mandamentos representam um avanço considerável. Não tratam apenas de atos ou palavras, mas também dos pensamentos.

A cobiça está diretamente relacionada ao desejo de possuir cada vez mais, a ponto de levar ao consumo do que há de mais precioso – a própria vida. Países mais ricos, ao perseguirem o acúmulo de riqueza, acabam consumindo também a vida dos mais pobres. Pais e mães, que trabalham o tempo todo para adquirir luxos adicionais, consomem a felicidade dos filhos. O mundo vive hoje as conseqüências da cobiça: desastre ambiental, delinqüência juvenil, divórcios, dívidas, empobrecimento espiritual, ainda que haja riqueza material.

Mas até aqui falamos de atitudes que podem ser provocadas pela cobiça. Então, surge a pergunta: apenas cobiçar é realmente errado? “Deus vê o coração (I Samuel 16:7; I Reis 8: 39; I Crônicas 28:9; Hebreus 4:13) e se preocupa menos com os atos externos do que com o pensamento de onde surgiu a ação. Estabelece um princípio segundo o qual mesmo os pensamentos de nosso coração estão sob a jurisdição da lei de Deus, e assim somos tão responsáveis por eles como por nossas ações.” (Tradução minha – Comentário Bíblico. Argentina: Asociacion Casa Editora Sudamericana, 1992. p.619).

A “atitude” necessária para rejeitar a cobiça – o amor exagerado pelo sucesso, dinheiro e fama, que atinge a todos nós –, só surge quando você desvia o olhar do material e olha para Alguém que fez diferente. Ele reinava no Céu, e desceu à Terra. Era dEle toda a riqueza, mas se fez pobre. Ele criou a vida, e aceitou a morte, por nós. Ele, Jesus.

E-mail:
dezmandamentos.10@gmail.com